quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fé em Deus

Se o homem meditar, verá que a fé em Deus e em si própria lhe pode trazer a paz que o tranqüiliza; a esperança que lhe centuplica as forças, e o encoraja nas canseiras da vida; a bondade que quebra as arestas do seu feitio e lhe atapeta de sorrisos o trilho aí; a resignação que o alicerça e fortalece contra os embates da adversidade; a humildade digna que lhe dá irresistível superioridade; a modéstia que destaca e impõe a autoridade do seu valor, e que dá a consciência da própria autoridade. Verá que para manifestar o seu amor a Deus, basta o reconhecimento pela obra d’Ele, o amor ao seu semelhante, o perdão às faltas alheias, e severidade às faltas próprias; a caridade para com os outros e a justiça para consigo. Verá que não são as palavras que impõem as obras, mas as obras que dão autoridade às palavras; e, assim, descobrirá que não é em palavras vãs, e em vazias fórmulas rituais que se exorta a nossa adoração a Deus; mas em servi-lo como ele quer que é no aligeiramento da dor alheia e na conformação com a própria; fazendo que ao pé de cada sofrimento coloquemos uma consolação. Não será pelo resultado, que à nossa vista interesseira o nosso esforço dê, que Ele ajuíze do produto desse esforço; mas do desejo, que em nosso querer tenhamos posto, quando queiramos executá-lo. O que aí tenha recompensa do seu trabalho, não carece de outra mercê, que por bem pago se deve dar na sua satisfação.

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