São variadas as causas de desestabilização de casamentos, mas seguramente o sexo é uma das mais preponderantes. Sempre ouvimos dizer que crises financeiras podem e não raro põem em risco as mais sólidas estruturas conjugais. Talvez puser isso, em tempos de globalização e aceleradas transformações econômicas modernas, seja tão alto o índice de separações de casais, trazendo, sérias conseqüências para a sociedade como um todo. Mas haverá certamente outros fatores pesando nos pratos dessa balança, tais como a liberação sexual dos anos 60, o surgimento da pílula e mais recentemente o aumento de projeção da chamada “camisinha”, insistentemente enaltecida pelas campanhas promovidas contra o vírus HIV. Na verdade, as causas da desestabilização do casamento, enquanto instituição são realmente múltiplas e bem mais complexas do que podem parecer. Principalmente, se levarmos em conta que elas não atuam isoladamente, mas, sim, interagem, ampliando seus efeitos e, o que é pior, banalizando a união homem/mulher e fazendo, pôr assim dizer, do matrimonio quase que um divertido jogo, no qual a criança é sempre a maior prejudicada. E o fator sexo como ficaria nessa historia? Até que ponto a cada vez mais comum prática do sexo, depreciando o amor, estará influenciando nesse processo? E a mulher? Não estará sendo “vendida” nisso tudo, tratada como objeto e traída pela sedução de um modernismo discutível, mas quase sempre mal servida e desconsiderada, inclusive e principalmente do ponto de vista biológico? O presente trabalho se propõe a debater esse tema, na tentativa de mostrar que, antes mesmo das crises financeiras, o grande problema conjugal de nossos dias não depende somente de políticas econômicas, pílulas ou preservativos. O problema da dissolução do casamento, afinal e por incrível que pareça, começa mesmo... Na cama.
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