Enquanto estamos pensando, as conexões entre o cérebro e o corpo permanecem ativas e todo o complexo orgânico fica em estado de alerta, ou atenção, como que dinamizado pelo pensamento. E esse estado de atenção, junto com outros fatores ligados principalmente à emoção, pode desarmonizar nosso ritmo interno, ou acelerá-lo em demasia. Isto é muito fácil de ser observado. Para tanto, basta relaxar, fechar os olhos e deixar o pensamento parado, silencioso, inativo, ficando apenas atento para observar, sem pensar, como está essa movimentação interior. Ela pode ser percebida como uma sucessão de imagens mentais desconexas, como sensações desarmonizadas, desagradáveis, agressivas, como um turbilhão interior cuja intensidade pode até assustar ou, então, na feição de serena tranqüilidade e bem-estar. É claro que esse contexto também inclui a qualidade das energias psíquicas, ou “psicoenergia” que estão compondo nosso campo naquele momento, porque tudo dentro de nós interage, assim como o complexo de mecanismos dentro de uma máquina. Nossa mente pode ser comparada a um computador com muitos softwares e muitos arquivos, trabalhando em ritmo acelerado e contínuo, que precisa, vez por outra, parar e executar “desfragmentará”, “sacandisk”, limpeza de disco, passar um antivírus, enfim, cuidar de si mesmo. No caso da mente, ela realiza em nós os procedimentos necessários para nossa otimização interior quando relaxamos, paramos a máquina do pensamento, permanecendo num estado meditativo, de serenidade e paz. Também é nesses momentos que a nossa luz interior pode expandir-se e sintonizar com faixas mais elevadas, haurindo energias superiores, assim como, também, receber orientações e inspiração. Há várias maneiras de relaxar e harmonizar os ritmos internos, mas vamos sugerir uma bem fácil e rápida. Feche os olhos e pense em algo que irradie uma impressão de tranqüilidade e contentamento, como por exemplo, as serenas águas de um lago à hora do crepúsculo. Respire fundo algumas vezes, procurando relaxar. Não pense. Fique apenas olhando mentalmente para essa imagem, em estado de pura contemplação, sem deixar o pensamento fluir. Após alguns minutos observe como seu corpo relaxou e seu ritmo interno harmonizou-se. Talvez lhe advenha vontade de espreguiçar, bocejar, ou mesmo suspirar. Faça-o, porque o relaxamento é um formidável antídoto para o estresse e também ajuda na liberação do sistema energético, quando bloqueado. É muito útil fazer este exercício vez por outra, não só para relaxar, mas também para colocar a mente em condições de aperfeiçoar os mecanismos internos, ou para receber inspiração superior. É por isso que nos exercícios respiratórios a orientação é para não pensar; ficar apenas prestando atenção à própria respiração, ou seja, em estado de contemplação, sem atividade do pensamento. Diz o espírito André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, que o ser humano emite ondas cerebrais longas, médias e curtas. Longas - Quando os pensamentos se acomodam às impressões comuns da criatura humana normal. Médias - Nos estados de reflexão ou oração natural. É estada de aquisição de experiência por parte da alma, correspondendo a produção de luz interior. Curtas - Em situações extraordinárias da mente, quais sejam as emoções profundas, as dores indizíveis, as laboriosas e aturadas concentrações de força mental ou as súplicas aflitivas. A mente, nestes casos, emite raios muito curtos ou de imenso poder transformador dos campos espirituais, teoricamente semelhantes aos raios gama. Diz ainda André Luiz que no animal a vida mental flui em ondas fragmentárias, apresentando vida psíquica ainda embrionária, sendo essa a razão dele não racionar, ou seja, pensa, mas como seu pensamento é fragmentário, não há continuidade, portanto não há como raciocinar. Mas nós, que somos seres racionais, por que não utilizar dos recursos ao nosso alcance para nosso próprio bem-estar?
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Pensamentos x Corpos
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