sábado, 21 de janeiro de 2012

Por que ir à Missa?



 





Para muitas pessoas a missa é um peso. Porém, este modo de pensar indica algo mais profundo. O problema é realmente a Missa ou a falta de uma autêntica participação na Igreja? Ou estas pessoas não se sentem pertencentes à Igreja? A celebração da eucaristia é a reunião da família de Deus. E toda família que quer manter os laços de afeto e solidariedade se reúne sempre. É quando podem conversar e sentir o apoio uns dos outros. Se a Igreja deseja ser uma comunidade, não pode renunciar a estes encontros. À medida que valorizar a sua pertence à Igreja, você vai perceber a importância da participação na Eucaristia dominical. Ao contrário, o católico que não é membro da comunidade, que não tem a Igreja como sua família, sempre vai ter pretextos para não ir à Missa. Os autossuficientes, que pensam já terem tudo na vida ou que podem resolver seus problemas sozinhos, não fazem caso da Missa nem da comunidade cristã. Já os que aceitam o convite e se reúnem para o banquete são os simples, que têm o coração pobre e necessidade de serem curados por Deus, apoiados pelos irmãos na fé. Veja, portanto, como está a sua relação com Deus e com a Igreja. Não seja como o filho que abandona, aborrecido, os encontros de família, "sempre iguais", e só mais tarde percebe o tesouro que está perdendo. Com esperança, tente participar de novo da reunião da comunidade. Só assim você experimentará a alegria da comunhão em Cristo, com o Pai e os irmãos. Claro que você pode perfeitamente encontrar a Deus na sua oração, no silêncio de seu quarto. Sua oração será ainda mais rica se incluir a reflexão de um trecho da Bíblia. Assim, não é só você que fala. Escuta também a palavra de Deus, que ensina o que devemos desejar e fazer. Esta oração pessoal é necessária para alimentar a fé e uma vida cristã coerente. Mas a oração pessoal deverá ser complementada pela oração comunitária e litúrgica. Jesus diz: " Onde dois ou mais estão reunidos em meu nome, eu estou entre eles". É justamente na Missa que os discípulos de Jesus se reúnem para rezar em Seu nome. Foi Ele que ordenou, na última Ceia: " Façam isso em minha memória". A oração eucarística é a oração cristã por excelência, porque é a oração do próprio Cristo, que oferece o seu corpo e sangue, a seu Pai, pela salvação do mundo. Sem ela as nossas orações pessoais teriam um valor muito limitado. Só por meio de Jesus, o sacerdote da nova aliança, a nossa ação de graças e os nosso pedidos podem chegar a Deus. Algumas pessoas podem dizer: "Eu sei que a Igreja dá muita importância à Missa. Gostaria de participar, mas não suporto essas cerimônias monótonas, sem relação com a vida..." É verdade que em muitas Missas a participação da comunidade é mínima. O povo assiste passivamente e muitos não entendem o sentido dos ritos. Às vezes a homilia é pobre e a cerimônia não inspira. São limites da vida humana da Igreja. Mas, graças a Deus, em muitos lugares há celebrações bem preparadas, adaptadas às situações e tempo do ano litúrgico, que alimentam nossa fé e vida cristã. Esta liturgia viva depende, certamente, da iniciativa do celebrante, mas também de toda comunidade. A participação dos fiéis no mistério eucarístico é o objetivo fundamental da celebração: assimilar vitalmente a palavra de Deus e entrar em comunhão com Cristo, na sua oferta ao Pai, para o serviço dos irmãos. A missa se realiza por meio dos gestos sacramentais, mas a qualidade da celebração não depende só da animação e participação da assembleia nas cerimônias. A liturgia será mais autêntica quando mais os participantes se identificarem com Cristo no mistério da sua morte e ressurreição. Haverá dias em que você estará mais distraído. Mas nem por isso a Missa perde o sentido. Quando você sentir pouca vontade de participar é sinal de que você precisa de um reforço na sua fé e de um alimento mais poderoso, a eucaristia. Se você não consegui rezar, diga a Jesus: "Eu não queria vir e não estou conseguindo rezar, mas sei que o Senhor é meu amigo e estou aqui." Mesmo que pareça perda de tempo, sua presença é um gesto de solidariedade com a comunidade e um testemunho de fidelidade a Cristo e à Igreja. Nessa atitude reside o segredo da participação fecunda e gratificante na Eucaristia. É dando que se recebe. Você não pode ir à Missa só para receber. Dê a sua contribuição nos cantos, nas leituras, na oração dos fiéis. Sinta-se responsável por sua comunidade, solidário com sua sorte, amigo de seus membros, envolvido nas atividades pastorais. Então, a Missa vai adquirir um novo significado. Ela será a sua missa. Os limites da celebração já não serão uma barreira intransponível, um ritual frio e distante, mas um acontecimento que lhe diz respeito, o centro da sua vida religiosa e o fundamento da sua comunidade. A participação na missa deve levar à conversão do coração. Precisamos viver o nosso cristianismo a semana toda e não só na hora da missa ou precisando de alguma graça. A palavra diz: " A religião, aos olhos de Deus, consiste em socorrer os órfãos e as viúvas em suas aflições e preservar-se da corrupção do mundo". Existe o risco de enganar-se a si mesmo, compensando com práticas exteriores, Missas e orações, à falta de uma vida coerente com a fé. Mas, o que agrada a Deus é a prática da justiça, da caridade, do perdão. Por isso, o sentido da celebração eucarística é despertar nas pessoas as mesmas atitudes de Jesus, que amava. Quem vai à Missa e não procura conformar sua vida com os ensinamentos de Jesus, não compreende nada do que está fazendo. No encontro com Cristo, presença do Amor misericordioso na Eucaristia, nós aprenderemos a amar como Ele amou, sem interesses, sem perguntar se os outros merecem ou não, se vão se lembrar do que fizemos por eles ou se vão retribuir. Ele nos amou porque quis, para nos ver  felizes, e deu a vida por nós. E deixou-nos a Eucaristia para que nós também pudéssemos encontrá-Lo e, com Ele, aprender a amar. Ao comungar o Corpo e Sangue de Cristo cada um se compromete a viver em comunhão com Ele, no amor fraterno, formando com todos os seus discípulos um só corpo, uma só família. A graça da Eucaristia é justamente nos identificar com Cristo, para que possamos prolongar os seus gestos de amor e libertação. Somente se nós aprendermos a amar como Ele amou, poderemos falar ao coração dos homens e mulheres e fazer com que eles continuem a crer que Deus é Pai e nos ama eternamente. "Somos convidados a viver o nosso cristianismo a semana toda e não só na hora que estamos no aperto da vida".





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