quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Coração de Jesus Templo Santo de Deus


Desejo a vocês um abençoado dia. Que seja um tempo de paz e de graça. Era o sexto dia da criação e Deus nos fez à sua imagem e semelhança. O coração humano recebe o sopro da vida e do amor. Isto significa que não termos nossa origem em nós mesmos. Somos dependentes do amor de Deus que nos criou. E a atitude de resposta ao amor criador de Deus é a adoração e o serviço.Mas a astúcia do inimigo serpenteou o coração humano e lhe propôs ser como Ele, um "deus". Aqui está a raiz da idolatria. Colocar algo, alguém ou a si mesmo no lugar de Deus é construir um ídolo. E, no entardecer daquele dia, quando Deus passeava pelo jardim, o ser humano se escondeu. O pecado leva nosso coração a se esconder da verdade: sermos criaturas e não criadores, humanos e não deuses, criados para adorar e servir a Deus e não o contrário. Era noite. Em Belém o coração de Deus se encontra com o coração humano. Deus volta a passear em nosso meio. Para lá acorrem os pastores e os magos, para adorarem o Deus revelado aos simples. Os poderosos, orgulhosos e arrogantes, como Herodes, não conseguem encontrar o Menino-Deus,  porque sua adoração é falsa. Já os Magos, depois da experiência da adoração, descobrem novos caminhos, que não passam mais pelos palácios onde se idolatram o poder, a riqueza, a fama. Era hora de anunciar o Reino, mas Jesus vai ao deserto. De novo o diabo insiste em dar tudo o que quisermos, desde que o adoremos. Mas Jesus nos ensina a superar suas armadilhas: "Adorará ao Senhor teu Deus e só a Ele servirá". A serpente começa a ser derrotada. Como discípulos (filhos) do Coração de Jesus queremos aprender a resistir à tentação do mal e adorar somente a Deus de todo o coração, com toda inteligência e força, e também ao próximo como a nós mesmos. Jesus nos ensina a adorar a Deus servindo aos irmãos. Essa é a nossa vocação. É "nosso dever e salvação". Era meio-dia. Cançado, Jesus para no poço de Jacó e, sem preconceito, pede água a uma samaritana. No diálogo percebemos a beleza do encontro do coração humano que, "qual terra ressequida", busca o seu Senhor, a Fonte de nosso ser, este Deus que também tem sede de nós. A samaritana, com suas carências afetivas e sua busca pelo amor, bebeu de muitas fontes que não saciaram sua sede mais profunda. Jesus fala de uma fonte de água viva que jorra de seu coração, de uma fonte que se faz fonte em quem dela experimenta. A mulher, então, lhe pede: "dá-me dessa água, para que não mais tenha sede". Esse riquíssimo diálogo vai levando a mulher ao seu centro, à sua verdade. Então, ela pergunta sobre o "lugar" onde se deve adorar a Deus. Jesus lhe diz: "Mulher, creia que virá a hora, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai...Mas chegará a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura tais pessoas que assim o adorem." Quantas vezes o egoísmo nos leva a querer reduzir Deus à nossa imagem e fazer de nossa relação com Ele uma moeda de troca: Deus tem que fazer minha vontade e realizar meus planos. Eu só fico esperando receber poder, cura, prosperidade... O pior é quando buscamos, através da oração, da celebração e do louvor convencer a Deus de que somos merecedores. Se desejamos adorar e cultuar a Deus em espírito e verdade, devemos estar dispostos a servi-Lo, principalmente nos pobres e pequeninos.

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