Liberdade: presente de Deus!

 

 

Desde pequenos ouvimos falar que Deus nos deu liberdade para fazemos o que queremos (livre arbítrio). No entanto, a liberdade pode ser perigosa. Ela pode ser fonte de alegria, como também de perdição. A priori temos a tendência em confundir liberdade com libertinagem.  O apóstolo Paulo nos deixou duas grandes dicas: “Tudo é permitido. Mas nem tudo convém. Tudo é permitido. Mas nem tudo edifica. (I Cor 10,23) – “Examinai tudo e ficai com o que é bom”. (I Ts 5,21). Deus nos fez livre por que nos ama. Nossa liberdade é de tamanha importância, que podemos a cada dia escolher por aquilo que acreditamos. Se cremos em Deus, todos os dias podem renovar nossos votos de fidelidade para com Ele. Podemos também a cada dia, escolher o que é melhor para nós. “Hoje eu tomo o céu e a terra como testemunhas contra vocês: eu lhe propus a vida ou a morte, a bênção ou a maldição. “Escolha, portanto, a vida para que vocês possam viver” (Dt 30, 19). A cada dia temos uma infinidade de decisões para tomar. Nem sempre conseguimos tomar as decisões mais adequadas, isto é, por vezes nossos extintos e a nossa razão não são capazes de mensurar todas as variáveis que remetem a uma simples decisão. No entanto, temos um advogado que pode nos instruir em todas as coisas – O Espírito Santo (Jo 14, 26). Juntamente com a liberdade Deus nos oferece uma proposta de vida e não de morte, outrossim, podemos escolher o bem que Ele nos oferece. Deus jamais quer nos ver escolher pela morte. Entretanto, algumas pessoas culpam Deus por suas próprias decisões. Não espere que Deus faça por você o que somente você pode fazer. A escolha é sempre sua, o que Ele pode fazer por ti é te dar força para caminhar na estrada que escolheu, mas somente se você quiser. “Não digas: ‘Foi por culpa do Senhor que me afastei’. Porque Deus não faz aquilo que Ele próprio detesta. Não digas: ‘Foi Ele quem me fez desviar’. Porque Deus não tem necessidade do pecador. O Senhor detesta toda a abominação, e nenhuma delas é desejada por quem teme o Senhor. Desde o princípio, Deus criou o homem e entregou-o ao poder das suas próprias decisões. Se quiseres, observarás os mandamentos, e for-lhes-lhes fiel vai depender da boa vontade que tu mesmo tiveres. Ele pôs-te diante do fogo e da água, e poderás estender a mão para aquilo que quiseres. A vida e a morte estão diante dos homens, e a cada um será dado o que cada um escolher. De fato, a sabedoria do Senhor é grande, pois é todo-poderoso e tudo vê. Os seus olhos estão sobre aqueles que O temem, e Ele conhece cada ação que o homem realiza. Ele não deu ordem a ninguém para fazer o mal e a ninguém permissão de pecar”. (Eclo 15, 11-20). Não sei por qual caminho você tem andado, mas sei que este foi o caminho que você escolheu. Deus é permissivo. Essa é uma de suas características, a permissividade. O incrível é que Ele nunca perde a sua autoridade, mesmo sendo permissivo. Veja, não confunda a sua permissividade com ausência de controle. Aliás, Deus nunca perde o controle da situação. Cada passo seu é vigiado por Ele, todo o seu caminho é sondado por Ele. Por vezes, Deus permite que tomemos a decisão errada, para que possamos voltar para o caminho certo. Deus é como um pai que alerta seu filho sobre o caminho que não deve seguir, mas somos o filho que contraria a sua vontade e decidimos por nossa teimosia. Às vezes, quando o filho escolhe o caminho errado, o pai se esconde do filho, não para que o filho se perca, mas sim para que ele possa vigiar de longe e estar pronto para intervir quando necessário. “Eu não vou litigar eternamente, não vou irritar-Me sempre, senão a vida humana evaporaria na minha presença e seria destruído tudo aquilo que criei. Eu estava indignado com a injustiça das tuas ganâncias e, escondendo-Me, feri-te com todo o meu furor. Como um rebelde, seguiu o caminho que bem queria; Eu vi o seu caminho, mas vou curá-lo, guiá-lo e oferecer-lhe consolação. E aos que fazem luto pelo meu povo, farei brotar dos seus lábios este canto: Paz e felicidade para quem está longe e para quem estão pertos: Eu curá-lo-ei, diz o Senhor” (Is 57, 16-19). Existem caminhos em que Deus não pode nos acompanhar. Enquanto estamos no caminho certo, ele nos acompanha dia e noite. Mas quando queremos avançar além do limite que ele nos aconselha. Ali Ele para e diz: Daqui para frente eu não posso seguir contigo! E nesta hora ele se esconde para que possa nos vigiar. Você experimentou ler com os olhos a uma distância de 3 cm do texto? Tenho certeza que se a resposta for afirmativa, nada conseguiu ler. Assim também é Deus, Ele se afasta para que sua visão possa ser ampla, para que possa enxergar mais além o caminho. Não culpe Deus por seu mau momento, você quem escolheu o caminho. Acredito que algumas vezes sentimos que Deus se afastou de nós. Isso aconteceu, pois o caminho que escolhemos o impediu de nos acompanhar. Se você hoje está se sentindo distante de Deus, para e pense: Será que estou no caminho certo? Caso resolva voltar, Ele estará de braços abertos para te receber e juntos caminharão. Mas a decisão é sua. “Escolhe, pois a vida” (Dt 30, 19). Volte para os braços daquele que te ama. A misericórdia de Deus é capaz de perdoar os seus pecados. O dia de ontem não interessa mais para Deus. Ele não resiste ao um coração contrito e arrependido. Ele vai curas todas as feridas que você recebeu durante a caminhada, vai tratá-las com todo o seu amor. Creia nisso, é uma promessa! “Como um rebelde, seguiu o caminho que bem queria; Eu vi o seu caminho, mas vou curá-lo, guiá-lo e oferecer-lhe consolação. E aos que fazem luto pelo meu povo, farei brotar dos seus lábios este canto: Paz e felicidade para quem está longe e para quem estão pertos: Eu curá-lo-ei, diz o Senhor” (Is 57, 17-19). Autor: Ricardo da Silva Garcia.