Ó Deus, eu te
dou graça pelo universo, meu lar; pela sua vastidão e riqueza, pela
exuberância da vida que o enche e da qual sou parte. Eu te louvo pela abóbada celeste e pelos ventos, grávidos de bênçãos. Eu te
louvo pelos oceanos, pelas correntes frescas, pelas montanhas que não se
acabam, pelas árvores, pelo capim sob os meus pés. Louvarei pelos meus sentidos:
poder ver o esplendor da manhã, ouvir as canções dos namorados, sentir o hálito
das flores da primavera. Dá-me, um coração aberto a toda esta alegria e livra a
minha alma da cegueira da preocupação com a vida. Alarga em me o senso de
comunhão com todas as coisas vivas, minhas irmãs... Lembra-me de que muitos se
aproveitam do nosso planeta e dele fazem uso com uma ganância sem limites.
Tanto que a voz da terra, que deveria subir a Ti numa canção, torna-se um
gemido de dor. Que eu aprenda que as coisas vivas não vivem só para me, mas
para si mesmas e para Ti; que amam a doçura da vida tanto quanto eu. Quando
chegar o meu fim, e não mais puder desfrutar deste mundo, que não deixe coisa
alguma destruída por minha ambição ou deformada por minha ignorância. Mas que
passe adiante minha herança comum mais bela e mais doce, sem que lhe tenha sido
tirado nada da sua fertilidade e alegria. E assim possa meu corpo retornar em
paz para o ventre da grande mãe que os nutriu e possa meu espírito gozar da
vida perfeita em Ti. Você é toda minha vida! Te louvo e Te bendigo por tudo Senhor!
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