Dia 22 de Maio é dia de Santa Rita de Cássia... Rita nasceu
provavelmente no ano 1381 em Roccaporena, uma aldeia situada na Prefeitura de
Cássia na província de Perugia, da Antonio Lotti e Amata Ferri. Os seus pais
eram crentes e a situação econômica não era das melhores, mas decorosa e
tranquila. A história de S. Rita foi repleta de eventos extraordinários e um
destes se mostrou na sua infância. A criança, talvez deixada por alguns minutos
sozinha em uma cesta na roça enquanto os seus pais trabalhavam na terra, foi
circundada da um enxame de abelhas. Estes insetos recobriram a menina, mas
estranhamente não a picaram. Um caipira, que no mesmo momento havia ferido a
mão com a enxada e estava correndo para ir curar-se, passou na frente da cesta
onde estava deitada Rita. Viu as abelhas que rodeavam a criança, começou a
mandá-las embora e com grande estupor, a medida que movia o braço, a ferida se
cicatrizava completamente. A tradição nos diz que Rita tinha uma precoce
vocação religiosa e que um Anjo descia do céu para visitá-La quando ia rezar em
uma pequena mansarda. S. RITA ACEITA DE CASAR! Rita teria desejado ser monja,
todavia ainda jovem (há 13 anos) os pais, já idosos, a prometeram em casamento
a Paulo Ferdinando Mancini, um homem conhecido pelo seu caráter iroso e brutal.
S. Rita, habituada ao dever não opôs resistência e se casou com o jovem oficial
que comandava a guarnição de Collegiacone, presumivelmente entre os 17-18 anos,
isto é em torno aos anos 1387-1388. Do casamento entre Rita e Paulo nasceram
dois filhos gêmeos; Giangiacomo Antonio e Paulo Maria que tiveram todo o amor,
a ternura e os cuidados da mãe. Rita conseguiu com o seu doce amor e tanta
paciência a transformar o caráter do marido, o fazendo ser mais dócil. A vida
conjugal de S. Rita, passado 18 anos, foi tragicamente terminada com o assassinato
do marido, durante a noite, na Torre de Collegiacone a alguns kilometros de
Roccaporena quando voltava para Cássia. O PERDÃO!Rita ficou muito aflita pela
atrocidade do acontecimento, procurou proteção e conforto na oração com
assíduas e ardentes preces no pedir a Deus o perdão dos assassinos do seu
marido. Contemporaneamente, S. Rita formulou uma ação para chegar à
pacificação, a partir dos seus filhos, que sentiam como um dever a vingança
pela morte do pai. Rita se deu conta que a vontade dos filhos não era di
perdão, então a Santa implorou ao Senhor oferecendo a vida dos seus filhos, a
fim de não vê-los manchados de sangue. "Eles morreram antes de completar
um ano da morte do pai"... Quando S. Rita ficou sozinha, tinha pouco mais
de 30 anos e sentiu reflorescer no seu coração o desejo de seguir Áquila
vocação que na juventude tinha desejado realizar. S. RITA SE TRANSFORMA EM
MONJA... Rita pediu para entrar como monja no Mosteiro de S. Maria Madalena,
mas por três vezes lhe foi negado, porque viúva de um homem assassinado. A
legenda narra que S. Rita conseguiu superar todos os impedimentos e portas
fechadas graças à intercessão de S. João Batista, S. Agostinho e S. Nicola de
Tolentino que a ajudaram a voar da “Rocha” até o Convento de Cássia em um modo a
Ela incompreensível. As monjas convencidas do prodígio e do seu sorriso, a
acolheram e lá Rita permaneceu por 40 anos submersa na oração. O MILAGRE
SINGULAR DA ESPINHA! Era sexta-feira Santa de 1432, S. Rita voltou ao Covento
profundamente confusa, depois de ter escutado um predicador reinvocar com ardor
os sofrimentos da morte de Jesus e permaneceu orando na frente do crucifixo em
contemplação. Em um momento de amor S. Rita pediu a Jesus de dividir pelo menos
em parte, os Seus sofrimentos. Aconteceu então o prodígio: S. Rita foi
perfurada por uma espinha da coroa de Jesus, na testa. Foi um espasmo sem fim.
S. Rita teve a ferida na testa por 15 anos como sigilo de amor. VIDA DE
SOFRIMENTO!Para Rita os últimos 15 anos foram de sofrimento sem trégua, a sua perseverança
na oração a levava a passar até 15 dias correntes na sua cela "sem falar
com ninguém se não com Deus", além do mais usava também o cilício que lhe
dava tanto sofrimento, submetia o seu corpo a muitas mortificações: dormia no
chão até que se adoentou e ficou doente até os últimos anos da sua vida. O
PRODÍGIO DA ROSA! Após 5 meses da morte de Rita, um dia de inverno com a
temperatura rígida e um manto de neve cobria tudo, uma parente lhe foi visitar
e antes de ir embora perguntou à Santa se Ela desejava alguma coisa, Rita
respondeu que teria desejado uma rosa da sua horta. Quando voltou a Roccaporena
a parente foi à horta e grande foi a sua surpresa quando viu uma belíssima
rosa, a colheu e a levou a Rita. Assim S. Rita foi denominada a Santa da "Espinha"
e a Santa da "Rosa". S. Rita ante de fechar os olhos para sempre,
teve a visão de Jesus e da Virgem Maria que a convidavam no Paraíso. Uma monja
viu a sua alma subir ao céu acompanhada de Anjos e contemporaneamente os sinos
da igreja começaram a tocar sozinhos, enquanto um perfume suavíssimo se
espalhou por todos os Mosteiros e do seu quarto viram uma luz luminosa como se
fosse entrado o Sol. Era o dia 22 Maio de 1447. S. Rita da Cássia foi
beatificada 180 anos depois da sua subida aos céus e proclamada Santa após 453
anos da sua morte.
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