Barriga de aluguel: saiba mais sobre essa prática no Brasil!
Entenda em quais circunstâncias a doação de útero é permitida... A prática
conhecida como “barriga de aluguel” permite que uma mulher “empreste” o útero
para outra que não consegue ter filhos. A barriga de aluguel pode ser uma
alternativa viável para casais estéreis que sonham em ter filhos. Mas, como funciona
a lei no Brasil? Sociedades dos advogados do Brasil, explica como funciona a
Lei Federal que regulamenta a doação temporária de útero: Barriga de aluguel é
permitido no Brasil? No Brasil, não existe nenhuma lei que regulamente a doação
temporária do útero. “Apesar de não existir lei nesse sentido, as regras para
utilização da ‘barriga de aluguel’ são regulamentadas pela na Resolução
n.°1.957/2010, do Conselho Federal de Medicina, que dispõe as normas éticas
para a utilização de todas as técnicas de reprodução assistida”, aponta o especialista.
Qualquer mulher pode carregar o filho de outra? A questão não é tão simples
assim. As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família da doadora
genética, num parentesco até o segundo grau: devem ser irmãs, mães, tias, ou
avós da doadora genética. O médico explica: “As clínicas somente podem usar as
técnicas de reprodução por doação temporária de útero quando existir algum
problema que impeça ou contraindique a gestação na doadora genética (mãe
biológica). A Lei também estabelece que a doação temporária do útero não poderá
ter caráter lucrativo ou comercial”.A prática da barriga de aluguel pode ser
crime? Muitas pessoas oferecem o serviço de doação de útero de forma ilegal
para ganhar dinheiro. “Do ponto de vista criminal, a questão é muito
controversa. Alguns entendem que oferecer o serviço de barriga de aluguel se
enquadraria no que dispõe o artigo 15 da Lei nº 9.434/97, que prevê que a
compra ou venda de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano é crime com a pena
de reclusão de três a oito anos, e multa, de 200 a 360 Reais. No entanto,
também há aqueles que entendem que o fato não se enquadraria no conceito de
comprar ou vender tecidos. Já está em estudo no Congresso Nacional, o projeto
de lei que, além de regulamentar a doação temporária de útero em moldes
similares ao que já dispõe a Resolução n.° 1.957/2010 do Conselho Federal de Medicina,
também torna crime a comercialização da chamada barriga de aluguel”, afirma os advogados.
Existe algum contrato entre pais e a doadora do útero? Para que a barriga de
aluguel seja oficial, é necessário assinar um contrato entre as duas partes:
“São celebrados os denominados ‘contratos gestacionais’, que são feitos de
forma triangular, juntamente com a clínica médica que procederá a reprodução
assistida”, complementa o médico. Prática consciente. Desde que feita de forma
consciente, à barriga de aluguel é uma prática favorável. “O que se deveria
efetivamente combater é a comercialização do útero pelas chamadas ‘mães de
aluguel’, que de forma clandestina ganham a vida ‘emprestando-os’ em troca de
somas em dinheiro. Para tanto, é necessária uma efetiva fiscalização do
Conselho Regional de Medicina e do próprio Estado, para coibir e efetivamente
punir quem pratica a comercialização da barriga de aluguel”, pontua o
especialista.
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