segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Perder um filho é uma das piores dores que um ser humano pode enfrentar!

Hoje 31/10/2011, faz sete anos que André Luiz de Assis Melro se foi, em um acidente de carro, voltando da casa da avó. Ele tinha apenas dezoito anos, até hoje eu não consigo deixar de pensar nele um só minuto. O que vale não é o tempo que ele permaneceu ao nosso lado nesta Terra e sim, a intensidade dos momentos vividos, o amor que aprendemos a sentir, todos os sentimentos valiosos que aprendemos a viver. Alguns momentos foram dolorosos, porém, são nestes momentos que entendemos que o amor é eterno e ilimitado, nestes momentos que conversamos com Deus... São nestes momentos que conseguimos ver a nossa força de superação e de quanta coisa somos capazes por amar nossos filhos. Somos seres humanos, com uma visão muito limitada, nem sempre conseguimos entender os desígnios de Deus. Mas, em nome do amor que está dentro do nosso coração, amor que podemos chamar de saudade, vamos fazer o que está ao nosso alcance. Acreditem, podemos fazer muitas coisas, muito mais do que imaginamos. Descobri que nos momentos de desespero, momentos em que a saudade sufoca de uma maneira praticamente insuportável, momentos que as dúvidas e a razão tentam me incomodar, eu olho para meu coração e todo sentimento que está lá dentro, ouço o que ele tem a me dizer...quando olho para meu coração, vejo meu filho e quero continuar vendo-o até o dia em que nos reencontrarmos por permissão de Deus. Acredito num reencontro. Um reencontro permitido por Deus, no tempo certo. Afinal, somos únicos, especiais e, cada um de nós tem um tempo e uma missão diferente. Embora o tempo que estive junto com ele e fomos felizes e agora estou sem , é quando a razão tenta me perturbar, me incentivando a pedir ou questionar acontecimentos que ainda não tenho capacidade de entender. Faço uma prece. Peço ao Pai que transforme todo esse desespero em amor e jamais permita que meu filho se aflija com a saudade, quero que ele entenda que esta saudade, nada mais é do que o amor que ficou! Peço a Deus que me faça digna de um reencontro, que conforte meu coração. Peço que a cada dia nosso amor nos fortaleça...com igual ou maior intensidade, sei que eles, assim como nós, têm uma missão a cumprir, então vamos dar a força para que eles prossigam. Como? Acredito que mostrando a eles que por amá-los iremos continuar. Quando um pensamento de pânico aparecer em nossa mente, vamos pedir conforto... Vamos pedir que nos ensine e nos ampare e que também ampare nossos filhos na nova jornada! Penso em meu filho todos os dias da minha vida, não o esqueço um só dia. Ainda é tudo muito recente, então tem momentos que os ‘por quês’ me assombram, choro, converso com Deus a minha maneira, e aprendi a entender os sinais que recebo. Sinais simples, porém, se calarmos o desespero, nosso coração nos faz enxergá-los.Seja numa lembrança, num pensamento, num gesto semelhante, na palavra de um amigo, ou até mesmo na estrofe de uma música que, às vezes já ouvimos milhões de vezes, mas que num determinado momento nos toca de uma maneira diferente. Sabemos quando o recado é para nós. Acredite que é Deus falando com a gente, mandando sinais na simplicidade... O último sinal que recebi? Esses dias ouvindo aquela música, do Jota Quest., na estrofe que diz: “Quero um amor maior... Um amor maior que eu...”, pensei, existe amor maior do que aquele que sobrevive a ausência física de um filho? Amor maior que resiste a saudade e nos dá força para prosseguir? Amor que nos encoraja a continuar, porque queremos ser merecedores de um reencontro? Aprendi vê com os olhos do coração, de alguma maneira, meu filho me fez uma pessoa muito melhor. De nada valeria minha vida se não tivéssemos nossos caminhos cruzados! Independente do tempo que nos unimos. Que Deus permita que você sempre sinta o amor que tenho em meu coração e que a cada dia este amor nos una pelos laços da eternidade! Por isso ai vai, uma dica:, aproveitem seus filhos do jeito que eles são, ame-os mesmo que distantes de ti, ame-os mesmo que não sejam como você idealizou, instruam-os para serem pessoas felizes e de bem, aproveitem cada momento com cada um de seus filhos, compartilhem com eles as experiências da vida, criem seus filhos com carinho e entusiasmo, estreitem os laços fraternais, respeitem seu desenvolvimento, suas dificuldades e elogiem seus acertos, não os protejam em demasia, mostrem os limites com clareza e tranqüilidade, acompanhem cada fase, cada passo, cada letra, cada amigo, cada livro, cada amor... Não importa se viverão 18 ou 93 anos. Vivenciem seus filhos e os deixem partir quando tiverem de ir... E ao partirem, que as lágrimas caídas sejam de puro e verdadeiro amor. Muita paz a todas as mães que deram a luz para luzes que hoje brilham aqui na Terra ou em algum lugar especial. Que Deus e Nossa Senhora, proteja todas as mães que perderam seus filhos como Ela perdeu Jesus.Amém! Maria Melro

Um comentário:

  1. Realmente a dor da perda é uma dor constante que com o tempo pode até amenizar um pouco, mas nunca some. Como vc disse o nosso único consolo é a esperança de nos reencontrarmos com os que amamos, se assim for a vontade de Deus.
    Nossos dias se tornam mais amenos e com um toque de felicidade quando estamos reunidos com os que amamos,repartindo os momentos difíceis e os bons e dando e recebendo amor.
    Seja feliz... aproveite a vida. Há muito o que se viver e reviver.
    Conte sempre comigo!!
    Bjs da sua afilhada que te ama!!!

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