quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Na história do nascimento de Jesus...

Natividade
Na história do nascimento de Jesus, o evangelista Lucas registra alguns dados para ajudar a compreender melhor o significado do evento. Ele lembra lugar, o censo ordenado por César Augusto, que obriga Joseph, "da casa e família de Davi", e Maria, sua esposa, para ir "para a cidade de Davi, chamada Belém." (Lc 2, 4). Ao informar-nos sobre as condições em que a viagem tem lugar e no parto, o evangelista descreve uma situação de privação e da pobreza, sugerindo algumas características fundamentais do reino messiânico: um reino sem honras ou poderes terrestres, que pertence Aquele que, em sua vida pública, disse de si mesmo: "o Filho do Homem, ele não tem onde reclinar a cabeça" (Lc 9, 58).
Ela se deitou em uma manjedoura Aquele que é a esperança da humanidade...
O relato de Lucas menciona alguns detalhes, aparentemente sem importância, com a intenção de incentivar o leitor uma melhor compreensão do mistério da Natividade e os sentimentos de quem gera o Filho de Deus. A descrição do caso de parto, narrado de uma forma simples, apresenta Maria como intensamente participar do que ocorre na mesma:
"Ela deu à luz seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura..." (Lc 2, 7).
A ação da Virgem é o resultado de sua total disponibilidade para cooperar com o plano de Deus, ela já havia se manifestado no momento da Anunciação, em seu “Faça-se em mim segundo a tua palavra”! “(Lc 1, 38)”. Maria viveu a experiência de parto em uma condição de extrema pobreza: ela não pode mesmo dar o filho de Deus que as mães costumam oferecer um recém-nascido; mas deve cair o "numa manjedoura", um berço improvisado que contrasta com a dignidade do "Filho do Altíssimo...”
O Evangelho diz que "eles não tinham lugar na hospedaria" (Lucas 2: 7). Esta é uma afirmação que, lembrando o texto do prólogo de João "os seus não o receberam" (1, 11), prenuncia uma forma que as muitas recusas Jesus vai enfrentar em sua vida terrena. O termo "não tinha espaço" combina neste recusa do Filho e da Mãe e mostra que Mary já está associada a sofrer o destino de seu Filho e participa de sua missão redentora.
Não havia espaço suficiente na pousada, mas os pastores têm recebido.
Rejeitado por "sua própria", Jesus é recebido por pastores, homens e vergonhoso grosseiros, mas escolhido por Deus para serem os primeiros a receber a boa notícia do nascimento do Salvador. A mensagem que os endereços do anjo, é um convite à alegria: "Vos que eu anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo" (Lc 2, 10), seguido de encorajamento para superar todo o medo: "não temas." Na verdade, como Maria na Anunciação, também para eles, a notícia do nascimento de Jesus é o grande sinal de benevolência divina para com os homens.
No divino Redentor, contemplado na pobreza do presépio de Belém, podemos compreender o convite para se aproximar com confiança Aquele que é a esperança da humanidade. O canto dos anjos: "Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens a sua vontade permanece", que também pode ser traduzido como "homens benevolentes" (Lc 2, 14) revelam aos pastores o que Maria expressa em seu Magnificat: o nascimento de Jesus é o sinal do amor misericordioso de Deus, que é especialmente evidente para os humildes e os pobres. Amém!!!

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