terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Esquizofrenia

Para explicar a um leigo o que significa o termo esquizofrenia, pode-se dizer o que popularmente é chamado de loucura. Portanto, o que caracteriza a esquizofrenia há vários tipos é a perda da relação com a realidade. Para alguém que convive com o esquizofrênico é fácil observar que seus pensamentos, atos e reações são incoerentes, ilógicos e até mesmo perigosos. Quando a área atingida é a da afetividade, a pessoa fica retraída em si mesma, em seu mundo próprio, aparentemente muito vazio e pobre. A esquizofrenia simples, conhecida como hebefrenia, caracteriza-se como um quadro que normalmente aparece na adolescência e no adulto jovem, e evolui muito rapidamente - algo parecido com o autismo, muito comentado atualmente.Existem inúmeros tipos de esquizofrenia. Dentre eles, podemos citar a esquizofrenia paranóide, que faz com que o paciente, a partir de qualquer informação externa (pode ser real ou não), tenha julgamento e crítica errados, desencadeando uma série de raciocínios que acabam por configurar o delírio. O mais freqüente é o persecutório, no qual o paciente se julga perseguido, vê e ouve coisas que na verdade não são reais. O esquizofrênico tem uma característica peculiar: trata-se de alguém com quem não se consegue ter "empatia", portanto é uma pessoa desconhecida e imprevisível. Conseqüentemente, ocorrem as alterações de pensamento, os delírios, as alucinações, e o paciente pode tornar-se perigoso para os outros e para si próprio, por atacar e/ou defender-se de processos imaginários, considerados por ele reais e com um colorido afetivo muito intenso. As esquizofrenias catatônicas caracterizam-se por apresentar alterações na mobilidade do paciente. Hoje em dia esses quadros são encontrados somente em hospícios. O quadro típico esta representado pela rigidez plástica, ou seja, o paciente pode ser colocado em diferentes posições e permanecerá assim por um longo tempo. Uma característica comum em todos esses quadros é a retração da realidade e a criação de uma realidade própria. Pode-se concluir que, além dos fatores endógenos que determinam o aparecimento dessa doença, os psicóticos são pessoas expostas de forma precoce a frustrações intensas, tornando seu contato com a nossa realidade tão traumático que se refugiam em uma realidade pessoal.

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